A reunião serviu para que se esclarecesse no poder
legislativo o que vem acontecendo no tratamento para com a SOBAC pela
prefeitura, que, além de não pagar uma dívida insignificante, perante outros
investimentos feitos, ainda dos festejos juninos de 2022, interrompeu projetos
exitosos, elogiados publicamente pelo secretário de cultura, relativos ao Museu
Olimpio Bonald de Bacamarte – MOBBAC – e o Encontro Zé da Banha de Bacamarte,
que foi prejudicado por não cumprimento de acordo por parte do poder público. O
mestre de cultura popular pretende fazer uso da Tribuna Livre da Câmara dos
Vereadores e, visto que o prefeito tem se pronunciado publicamente contra a
SOBAC, solicitar uma audiência pública para esclarecimentos.
O presidente da câmara se comprometeu em dialogar com o
executivo no sentido de dirimir estes equívocos que parecem não fazer bem a
nenhuma das partes, pois, se a SOBAC é frustrada em seus objetivos de manutenção
de atividades caras ao contexto cultural da cidade, a prefeitura ´maculada em
todo estado, e até noutros estados da federação sob o espectro de atuação da
SOBAC, por aparente perseguição de uma agremiação que não faz mais do que
contribuir com a afirmação da identidade cultural do Cabo de Santo Agostinho.
O presidente dos Bacamarteiros recebeu, também, a vereadora Gisele de Dudinha, no Museu Olimpio Bonald de Bacamarte. A vereadora se disse encantada com o espaço recém registrado como Ponto de Memória Nacional pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), inclusive revelando que seu filho de 4 anos já ensaia tiros de paz, como são chamados os tiros de bacamarte, com seu bacamartinho de brinquedo. A vereadora se mostrou sensível à causa da SOBAC e, como aliada do governo municipal, se comprometeu em facilitar o encontro das partes para que se ponha um ponto final nos desencontros.
A fim de que se garanta o direito legítimo à defesa dos
interesses sociais da entidade perante o representante governamental no
município, considerando que o impedimento extrapola o direito discricionário, a
SOCIEDADE DOS BACAMARTEIROS DO CABO pretende, também, encaminhar para o
Conselho Estadual de Patrimônio Imaterial e Conselho Estadual de Políticas
Culturais proposta de pauta para relatar a situação vexatória que vive um
Patrimônio Vivo do estado em terras cabenses.