A SOCIEDADE DOS BACAMARTEIROS DO CABO – SOBAC –, que homenageou em vida o escritor da ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS – APL – Olimpio Bonald Neto, dando seu nome ao Museu dos Bacamarteiros no Cabo de Santo Agostinho, esteve presente, juntamente com a representante dos bacamarteiros Mandacaru de Abreu e Lima, na cerimônia fúnebre do também brincante do Batalhão Independente e escritor do clássico Bacamarte, Pólvora e Povo, que teve sua quarta edição pela Companhia Editora de Pernambuco – CEPE -, no ano de 2018, além de ter sido vencedora do Prêmio Geraldo de Andrade da APL em 1978.
Foto: Arquivo APL
Advogado e professor universitário, Olimpio foi premiado também com a Comenda da Ordem dos Guararapes do Estado de Pernambuco, o Prêmio de contos da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco, em 1957, o Prêmio de Antropologia cultural da Fundação Joaquim Nabuco, em 1960, e o Prêmio de poesia da União Brasileira de Escritores em 1966.
Olimpio, que nasceu no dia 7 de outubro de 1932, foi casado com a bibliotecária Zenaide Pedrosa e ocupou a Cadeira Nº 1 da APL a partir de 1980, tendo como patrono o escritor do séc. XVI, Bento Teixeira.
Relacionados
às suas pesquisas sobre o folclore pernambucano, escreveu 13 livros sobre o
Homem da Meia Noite, Bonecos Gigantes, os Entalhadores, Caboclos de Lança,
Artistas locais... Mas frequentou outros gêneros, como a poesia, 10 livros, e
ensaios literários em coletâneas e antologias.
Ciente da
necessidade do turismo para salvaguarda das manifestações culturais, foi
fundador do curso de Turismo na Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP –
e na Fundação de Ensino Superior de Olinda (FUNESO), além de presidente da
Empresa Pernambucana de Turismo – EMPETUR.
No prefácio
da quarta edição do livro Bacamarte, Pólvora e Povo, o escritor e bacamarteiro
Ivan Marinho de Barros Filho eleva a obra a uma importância superior ao caráter
eminentemente lexical, dada a sua interferência direta na afirmação e proteção
deste folguedo pernambucano. Foi por intermédio de Olimpio Bonald Neto que se
criou o primeiro guarda-chuvas legal da manifestação, através da Instrução
Técnico-administrativa 024/2002 pelo Exército Brasileiro.
OLIMPIO
BONALD NETO, PATRONO DOS BACAMARTEIROS PERNAMBUCANOS: PRESENTE!