Foto arquivo da FEBAPE.
Greyton Cavalcanti, presidente da FEDERAÇÃO DOS BACAMARTEIROS DE PERNAMBUCO - FEBAPE -, se reúne com João Paulo, assessor do senador Humberto Costa, representante de Pernambuco no senado. a conversa foi sobre a legalização da prática do folguedo a nível nacional, visto que a cobertura jurídica de que dispõe à manifestação é secundária e possibilita interpretações várias por parte da polícia, do ministério público e da própria justiça.
Este processo de legalização começou desde que a SOCIEDADE DOS BACAMARTEIROS DO CABO, presidida por José Alves Bezerra, o Zé da Banha, na década de 1960, instituiu-se como associação e, junto a hoje patrono do bacamartismo, Olimpio Bonald Neto, recorreram à instâncias do executivo federal a fim de encontrar uma solução para, o que só veio a acontecer em 2002, por intermédio do vice-presidente da República, Marco Maciel, passando os Bacamarteiros a serem acobertados por uma instrução Técnico-administrativa, a ITA nº 024/2002 do Exército Brasileiro. Com a prisão do artesão Lenilson Ferreira da Silva e a intervenção do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, a pedido do futuro primeiro presidente da FEBAPE, Ivan Marinho de Barros Filho, iniciou-se um processo de revisão da ITA que acobertasse o artesanato de bacamarte, o que, graças a participação do Cel. Carlos Nogueira na Chefia do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados - SFPC - da 7ª RM e a assessoria da FEBAPE, resultou na nova ITA nº 015/2018.
Em Pernambuco, por iniciativa da Federação dos Bacamarteiros em reuniões com a Promotoria Geral do Ministério Público do estado, com a Presidência da Assembleia Legislativa, a Secretaria de Cultura de PE e com a Secretaria de Defesa Social, formou-se oficialmente um Grupo de Trabalho, coordenado pela Coordenação de Patrimônio Imaterial da FUNDARPE, resultando num Projeto de Lei que terminou a gestão anterior tramitando na Casa Civil de Pernambuco. Mais que tudo, a FEBAPE aguarda a possibilidade de fazer constar um distintivo dos bacamarteiros no próprio Estatuto do Desarmamento.
Esta luta é por todos e todas as bacamarteiras do estado e do Brasil, a fim de que este folguedo sesquicentenário encontre seu lugar de respeito e fomento necessários à sua salvaguarda.
Parabéns, simbora!
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